domingo, 23 de janeiro de 2011

Convivência com o Akita

Convivência com o akita


A cada dia que passa a raça akita toma mais e mais espaço na vida dos brasileiros, sejam eles decendentes de japoneses ou não, a popularização da raça se dá por inumeros motivos, temperamento equilibrado, limpeza, silêncio na guarda, etc... assim sendo crescem também as dúvidas sobre a raça, seja sobre o seu temperamento, o convivio no seio da família, alimentação e cuidados, nesta matéria vamos mesclar informações de publicações consagradas, como revistas, livros e algumas experiência pessoais e relatos de proprietários tentando assim elucidar um pouco mais desta raça tão singular.Boa leitura.
COM GENTE DE CASA
O Akita elege um dono preferido ao qual ele se liga e se dirige com maior frequência, embora se apegue e obedeça a todos os membros da família.É um dos cães que menos solicitam a atenção do dono.Quando adulto, torna-se independente e se dá por satisfeito com alguns afagos, sem procurar companhia em tempo integral.Em vez de acompanhar o dono de um lado para o outro, prefere segui-lo com o olhar, só se dirigindo á ele se perceber a necessidade de sua presença ou algo curioso que chame sua atenção.
OBEDIÊNCIA E EDUCAÇÃO
O Akita não é de ficar testando a liderança do dono de maneira acentuada, ao contrário do que acontece com várias outras raças.A vantagem dessa característica é que até mesmo o dono inexperiente em lidar com cães consegue ser respeitado nos limites que impoe.Se um Akita for educado desde pequeno, com bom senso e respeito, e ensinado a não frequentar determinados lugares e a não tocar em certos objetos, adotará o comportamento desejado.
GRAU DE ATIVIDADE
A posição favorita do Akita é ficar deitado.Ás vezes, ele se levanta, dá uma volta, e rotorna ao seu repouso.Esse estilo pacato o torna interessante para quem quer um cão grande em pequenos espaços ou em ambientes internos.Apesar de não se movimentar muito por iniciativa própria e de não precisar de muito exercício, é um bom acompanhante em caminhadas e brincadeiras.
COM PESSOAS AMIGAS, E DE FORA DE CASA
Desconfiado por natureza, o Akita não festeja a chegada de estranhos, nem abana a cauda para elas.Mesmo quando são amistosos e só dão sinais de respeito e paz, como falar baixo, evitar gestos bruscos e ficar perto de alguém da casa.Com estranhos, o Akita se mantém reservado, observando.Dificilmente faz amizade com qualquer pessoa, mas, depois de ser conquistado, torna-se um grande amigo.Em abraços calorosos e tapinhas nas constas dados ao anfitrião pela visita, o Aktia pode presentir risco para o dono e entrar em prontidão para o ataque.Se um desconhecido amigável tentar fazer carinho no cão, poderá ouvir um rosnado baixo e levar até uma mordida, sem aviso prévio.
LIMPEZA E HIGIENE
O Akita adquire hábitos de higiene rapidamente e costuma fazer suas necessidades longe de onde fica e de onde come, nem que tenha de esperar horas até ser solto.Não é também um cão que deixe cheiro pela casa.
NA GUARDA
A raça faz defesa por instinto com um estilo tranqüilo e discreto.Alerta, prefere ficar em pontos estratégicos, a partir dos quais possa ter uma visão ampla de seu território.Em último caso, diante de ameaça, o Akita pode latir como advertência, mas sem estardalhaço.Por exemplo, se alguém parar no portão e não tocar a campanhia.Ou se uma pessoa fizer gesto brusco ou for mal-encarada.Quanto a invasores, o Akita não costuma perdoar.Defende seu território em silêncio, agindo de surpresa.Ao passear com um Akita - sempre de guia e coleira ou enforcador - deve-se evitar ou supervisionar o contato com outros cães e pessoas estranhas.
DESTRUTIVIDADE
Morder tênis, sapatos, roer um portão de madeira ou até mesmo puxar roupas do varal são passatempos típicos de qualquer filhote de cão que se preze.O de Akita não foge a regra.Mas passado o primeiro ano de vida, ganha juízo e se torna um cão bastante bem comportado.
O USO DA VOZ
O Akita tem a justa fama de ser o mais silencioso entres os guardiões.Seu latido, rouco e baixo, é ouvido eventualmente.Costumausá-lo para dar alarme ou para, ás vezes, se comunicar com o dono.pode ser que não haja mais água no bebedouro, ou que uma porta, que deveria estar fechada esteja aberta.
COM DONOS MIRINS
Toda criança deve ser orientada a agir com respeito e delicadeza com os animais, isto é básico para a boa convivência.Na lida com o Akita, este preparo é especialmente importante.Diante de brincadeiras insistentes ou bruscas, os cães da raça costumam se afastar e se recolher a um de seus locais favoritos.Mas, se este incomodo persistir, eles podem rosnar em sinal de advertência ou até mesmo dar uma mordida de aviso.
COM CÃES E ANIMAIS
O Akita adulto se sente dono de seu território.Não tolera desafios.A intolerância é mais acentuada nos machos, mas ocorre também nas fêmeas, sendo que a incsidência de brigas entre elas ocorre com maior intensidade quando uma delas ou ambas estão no cio.Se um Akita adulto se sentir desafiado, o mais provavel é que responda com briga feia.Por isso, a recomendação é evitar colocar juntos exemplares do mesmo sexo.pode haver excessões? Sim elas sempre existem, mesmo assim é melhor não confiar e ficar de olho.É possivel o convívio entre akitas dois Akitas ou entre um Akita e um cão de outra raça quando são de sexos diferentes.Ou, então, se o Akita crescer junto com um cão do mesmo sexo que já estava na casa, a chance de aceitá-lo quando adulto será maior, desde que o outro cão não o importune.Para um Akita conviver pacíficamente com outros bichos, como gatos e aves, precisa ser acostumado a eles desde pequeno.
OS CUIDADOS DO DIA A DIA
Condicionamento físico - O Akita precisa de exercícios sim, mas sem exageros.Para atender ás necessidades básicas da raça, basta oferecer uma pequena área para voltinhas de vez em quando.Uma caminhada de seis ou sete quilômetros por dia, em passos rápidos, proporciona um ótimo condicionamento físico ao Akita.
Banhos - Recomenda-se dar banho no Akita a cada 3 meses, e manter uma escovação semanal fora da troca de pêlos e escovação diária na época das trocas a cada seis meses, pois o Akita não tem odores fortes.Na hora do banho, para não remover a oleosidade natural dos pêlos, usa-se xampu especial para cães e água morna no inverno e água fria no verão.A recomendação é também válida para não provocar choque térmico no cão, mantido aquecido por sua pelagem.Para não ressecar os pêlos, usa-se o secador ou o soprador - mais recomendado - com ar frio.No inverno, convém dar o banho em dia ensolarado, no horário mais quente.
Pêlos naturalmente belos - A manutenção da pelagem do Akita é simples.Uma boa escovação semanal basta para remover pêlos mortos e manter bonitos os demais.Na época da troca de pêlos, que acontece a cada seis meses, durante 10 a 15 dias, convém fazer escovações diárias.Usa-se escova, do tipo pin brush - escova de alfinetes - ou com pente inox com dentes largos.Para a pelagem do Akita não perder exuberância, convém evitar que ele entre em piscinas, já que os produtos usados na manutenção da água costumam ressecar os pêlos.O Akita não deve ser tosado.Exemplares que participam de exposições podem ter os pêlos aparados no contorno das patas, para intensificar o formato arredondado delas, bem como na barriga em direção ao ventre e em volta do ânus para nivelá-los.
Piso - É importante não deixar o Akita em pisos escorregadios.O piso ideal é anti-derrapante.Além de ajudar a desgastar as unhas e mantê-las lixadas naturalmente, evita escorregões, prejudiciais ao correto paralelismo das pernas e capazes de favorecer males como a displasia coxo-femoral.O chão também não deve esquentar demais com o sol.Há pisos revestidos com placas de pedra que atendem bem a estas recomendações.por ser grande e gostar de ficar parado ou deitado, o Akita, se ficar sobre superficies duras, pode sofrer formação de calos.Para evitá-los o ideal é que a superfície onde ele fica não esfole a pele com atrito em demasia.Um estrado de madeira serve a esse propósito e evita também o contato com a umidade do solo, responsável por problemas de pele.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Akita e sua evolução


Inicialmente conhecido como Matagi-inu, Kurae-inu, Odate-inu, Tohoku-inu, são os nomes que já teve o cão Akita no transcurso da história. Conhecido com o nome de Akita desde a Idade Moderna. Através de séculos de domesticação, foi tomando o nome de acordo com a função que desempenhava: Matagi-inu, cão de caça; Kurae-inu, cão de ataque; Odate-inu e Tohoku-inu cão de companhia. Toma, por último, o nome de Akita que é a região mais setentorial da ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês, zona montanhosa, escassamente povoada, com uma densidade inferior a cem pessoas por km2.


Não mais, nem menos importante como o cão pastor escocês, o pastor belga é o cão Akita (Akita-inu), inu = cão. Com o passar do tempo e a linguagem corrente, no ocidente, estes cães se chamaram simplesmente pastor escocês, pastor belga, etc. e o Akita-inu, desde 1988, ano em que a FCI (Federação Cinológica Internacional) reorganizou os grupos das raças, o Akita passou a formar parte do 5° Grupo e a palavra "inu" foi considerada em desuso. A maioria das raças européias foram evoluindo desde a antigüidade até nossos dias, por ser uma questão de moda, de refinamento, ou de atitudes. No caso do Akita, também foi provocado uma troca, mas nos últimos anos, se tem notado que os criadores japoneses, num afã previsto de cautela, lenta e pacientemente, vão começando a andar no sentido inverso, deixando de fora toda uma linha de sangue exótica, estrangeira, para voltar, novamente, a conseguir-se o Akita que era originariamente.
Indubitavelmente este cão, que para o Japão é um cão nacional, qualquer esforço é pouco se considerarmos a admiração do povo japonês por esta raça. Era o cão do caçador, o único que se animava a enfrentar ursos na montanha nipônica, era o cão do intrépido samurai, do imponente guerreiro no que, para eles, a morte voluntária não era um pecado, pois fazia parte do código de honra que lhes regia.
A disciplina Samurai, tão remota como os costumes feudais nipônicos, os convertia em dignos e orgulhosos integrantes da classe militar do Império do Sol Nascente. Era em todo o momento o "cão do chefe", indicando seu proprietário, e o motivo da vestimenta do uniforme de gala, era conhecido por este, com especial fidelidade, com amor, com profundo respeito e curiosa particularidade que ainda hoje se conserva.
Assistir uma exposição de Akitas no Japão é algo que reveste uma solenidade muito especial e recordação inesquecível. É o único caso conhecido em que uma nação, no caso o Japão, ampara e protege, dá assistência e uma especial subvenção ao proprietário de um Akita que, por dificuldades financeiras não pode dar a seu exemplar um tratamento adequado.
Suas origens se remontam a uns 3.000 (três mil) anos; era admirado por seu tamanho e arrojo para a caça de ursos e servos. Com o tempo, samurais e Akitas compartilharam a coragem onde as lutas se davam até a morte, entre 1603 e 1925, um lapso de 322 anos, durante o qual o Akita deu mostras de sua valentia e inteligência. Sem contestar esta prática sanguinária, através da criação do homem, quase acabou com um dos cães mais antigos do Japão, talvez o mais representativo. Contrariamente ao que se pode pensar, dócil e carinhoso, os nipônicos cuidaram de seu cão nacional sem dar importância demasiada às convenções fixadas pela FCI, talvez porque este devesse responder ao espírito da nação.
Este animal, forte, rústico e valoroso, foi conhecido no mundo ocidental depois da II Guerra Mundial, quando soldados norte-americanos levaram para seu país alguns exemplares, onde com certeza, o mesclaram com outras raças como o malamute, que lhe deu um aspecto mais pesado e diferente também, em seu temperamento, do que é um verdadeiro Akita japonês. O Akita, não obstante sua ascendência, é um animal simpático, de pelo expeço e muito vistoso, mas o que realmente importa nele, é o temperamento, segurança, calma e velocidade de reação. Conserva uma particularidade nada desprezível para nossa atual forma de vida, "é silencioso", condição para a qual nos Estados Unidos e Europa, muitos o vão adotando como cão de apartamento. É um cão que não necessita de muito exercício, se adapta em lugares pequenos, é um cão de um só dono, razão pela qual seja difícil que aceite um adestrador. Praticamente late somente para dar alarme e isto é resultado de uma seleção realizada no Japão em resposta às razões de espaço e convivência. É desconfiado por natureza com estranhos e seu olhar penetrante seguirá com atenção os movimentos de qualquer pessoa que visite nossa casa.
Outra mostra de suas características peculiares, é sua forma de atacar, silenciosa e de surpresa, mantendo uma calma absoluta e uma incrível identidade com seu condutor, assemelhando-se em sua luta, a um campeão de judô, pela fenomenal capacidade de obter êxito em um combate com adversário de tamanho notavelmente superior.